Conceitos...
Sou gordinha, tinjo o cabelo de vermelho, sou nariguda, não uso maquiagem, me visto como gosto (leia-se às avessas do que todo mundo pensa que eu devo vestir), falo o que penso, dou no primeiro encontro, detesto convencionalismos linguísticos do tipo "senhor e senhora", bebo pra caralho quando acho que devo beber, choro na frente de qualquer um, grito à vontade, amo sem vergonha, odeio sem pudores.
Não sou negra e minha veia judaica é quase imperceptível (salvo pelos meus gritantes traços semitas), mas sofro nessa vida.
É lindo pregar que racismo é desumano e acabar com a autoestima da gordinha da escola, do cara tímido da faculdade, do gago do trampo.
Prega-se o fim de uma sociedade baseada em cores e etnias, mas muitos deixam de trabalhar por uma tatuagem, um mero cabelo vermelho ou apenas pelo visualmente incômodo sobrepeso.
A normalidade é cruel, repressiva e descriminatória.
Autenticidade é louvável apenas se enquadrada nos padrões aceitáveis da honorável sociedade.
Engulam seus ternos, hipócritas imundos. Enfiem sua educação no rabo, demagogos obtusos e emoldurados.
Segurem as rédeas da sociedade putrefata e espere que ela os enforque como galinhas pro almoço de domingo.
Ao som de...: Spread your wings - Queen
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
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