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    sexta-feira, 24 de julho de 2009

    Pedra é pão e pão é pedra

    Nem só de pão vive o homem.
    Na falta de pão, vive-se de qualquer coisa; esperança, pinga, pedra. Me dá uma moeda - pede o indigente, caminha pelas ruas incógnito, paradoxal, tão invisível quanto incômodo.
    Moeda? Não se compra mais pão com moeda. Quer uma bala? Tenho aqui.
    Foi-se o tempo em que era feliz quem tivesse o pão nosso de cada dia.
    Hoje nem se sabe mais quem é feliz.
    Ou talvez apenas seja feliz quem menos se espera.
    O menino de 12 anos, viciado em crack, fora convidado a ir para uma cama quente, com chuveiro quente, cuidados e pizza. Não tinha crack. Nada feito.
    Nem só de pão vive o homem. Nem de pizza, salmão ou mortadela.
    Nem de pedra ou de pinga.
    Vive de bala, de um jeito ou de outro.

    Ao Som de...: TNT - AC/DC

    domingo, 19 de julho de 2009

    Que bonito é...

    Dizem que o Brasil é o país do futebol-arte, exportamos jogadores para o mundo todo e somos os únicos pentacampeões. Apesar das evidências, digo, com muito pesar, que nosso grande esporte cria criaturas altamente anti-esportivas. Fabricamos jogadores de futebol, exportamos aspirantes a ególatras deslumbrados e, ao fim do ciclo, nos regurgitam contas bancárias multimilionárias e exemplos deturpados para a juventude e para a imagem do Brasil perante o planeta. Esporte é (ou era, ou deveria ser) sinônimo de disciplina e de auto-controle. Músico pode ser boêmio, jornalista pode encher a cara e viver caído, jogador de futebol não. Jogador de futebol tem, sim, que ficar concentrado. Tem sim, que preservar o corpo. Tem, sim, que obedecer as regras do jogo e seu comandante. De alguma forma é preciso justificar seus salários exorbitantes - mesmo no Brasil, muito acima de profissionais que passam anos atrás dos livros, e isso se faz com gols, com qualidade de jogo, com disciplina que evita birras entre time e arbitragem, com esforço pelo coletivo.

    E de que adianta fabricarmos os melhores do mundo se aqui dentro não conseguimos bons resultados, se os profissionais da bola se comportam como verdadeiras prostitutas e, por este motivo não se comprometem com a equipe, com a torcida, não há ligação emocional, ou afinidade, sequer. Seu comprometimento é com os bolsos, e um exemplo claro disso são as trocas de nome feitas, ah...pobres ignóbeis, justamente na frente da imprensa, os grandes lobos maus! Sociedade Esportiva Corinthians, né, Magrão?

    Fabricamos e exportamos porta-chuteiras em massa, mas também damos às crianças o exemplo de efemeridade, superficialidade, falta de princípios e deturpação de valores vinda da supervalorização do lucro. Me chamem socialista, utopista, maluca, o que quiserem, mas, particularmente, sinto pena ao ver uma criança dizer que quer ser jogador de futebol e sinto, mais ainda, nojo do incentivo a este tipo de valorização.

    Amo futebol, torço pelo meu time - que, grazie a Dio, tem o profissional mais íntegro do futebol brasileiro - São Marcos de Palestra Itália, que ao lado de Rogério Ceni nos faz crer que ainda há quem nos faça sentir orgulho de torcer, mas espero que a próxima geração de jogadores venha com profissionais de verdade, e não putinhas de gramado.

    Ao Som de...: Scream and Shout - Dr. Sin

     

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