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    terça-feira, 20 de outubro de 2009




    C'est l'amour

    Gente, querer parafrasear os Carpenters em nickname de MSN é um sinal do fim dos tempos! Pior que isso, só se imaginar sacramentando a amarração com o moçoilo (porque sempre tem um bofe por trás de música dos Carpenters) com direito a churrasco na laje e buquê de rosas artificiais com gotas de "orvalho" feitas com cola quente. É, porque isso não é casório, é amarração, feita na boca do sapo, com bode, galinha preta e farofa.
    Gente, amor é uma coisa bizarríssima, né?
    Depois que passa, a única coisa que fica é: COMO EU PUDE FAZER/QUERER ISSO???
    E tudo o que resta é uma vergonha imensa pelos apelidinhos idiotas, pelas brincadeiras infames, pelo carinho sem noção na frente dos amigos (porque o namoro acaba, a zuação não).
    É, fico por aqui ouvindo apenas minha consciência, que pelo menos não acaba com um versinho altamente encorajador para as cagadas amorosas de fim de noite.
    Viva o amor!
    Viva o terror!
    Viva o furor!
    Viva o Millôr!
    Viva o tarô!
    Viva o ofurô!
    Agora acabou!

    Ao som de...: Comme Restus - Xamome António

    sexta-feira, 16 de outubro de 2009

    Conceitos...

    Sou gordinha, tinjo o cabelo de vermelho, sou nariguda, não uso maquiagem, me visto como gosto (leia-se às avessas do que todo mundo pensa que eu devo vestir), falo o que penso, dou no primeiro encontro, detesto convencionalismos linguísticos do tipo "senhor e senhora", bebo pra caralho quando acho que devo beber, choro na frente de qualquer um, grito à vontade, amo sem vergonha, odeio sem pudores.
    Não sou negra e minha veia judaica é quase imperceptível (salvo pelos meus gritantes traços semitas), mas sofro nessa vida.
    É lindo pregar que racismo é desumano e acabar com a autoestima da gordinha da escola, do cara tímido da faculdade, do gago do trampo.
    Prega-se o fim de uma sociedade baseada em cores e etnias, mas muitos deixam de trabalhar por uma tatuagem, um mero cabelo vermelho ou apenas pelo visualmente incômodo sobrepeso.
    A normalidade é cruel, repressiva e descriminatória.
    Autenticidade é louvável apenas se enquadrada nos padrões aceitáveis da honorável sociedade.
    Engulam seus ternos, hipócritas imundos. Enfiem sua educação no rabo, demagogos obtusos e emoldurados.
    Segurem as rédeas da sociedade putrefata e espere que ela os enforque como galinhas pro almoço de domingo.

    Ao som de...: Spread your wings - Queen

     

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