Eye, ai, ai...
Eu uso óculos.
Dizem que eu deveria usá-los com maior freqüência. (foda-se a nova gramática, eu uso trema...viva o trema na lingüiça!!!)
Minha oftalmologista diz que não posso usá-los apenas quando minha cabeça dói a ponto de meus neurotransmissores entrarem em ebulição.
Não quero.
Não preciso enxergar.
Para quem pensa que isso é algum tipo de habilidade extrassensorial, qeue prefiro aguçar os outros sentidos, não. Apenas não quero ver.
Sem os óculos, não gosto do que vejo. Coloco as lentezinhas e percebo que, mesmo enxergando mal, aquilo é aquilo mesmo.
Gosto do benefício da dúvida.
Não uso óculos.
Deixo a nitidez para a realidade das provas que corrijo. Nisso não posso errar.
Foda-se a distorção de imagens, foda-se não saber ao certo o que se passa. Danem-se as cores e formas.
Prefiro a doce ignorância turva à nítida podridão real.
Agradeço à minha córnea deformada, que dá liberdade total à minha visão fora de foco.
Nuclear Assault - Hang the Pope
domingo, 6 de junho de 2010
Postado por Paula Furlan 4 comentários
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